sábado, 29 de agosto de 2009

‘Quero que ela devolva minha filha’, diz mãe que teve bebê sequestrado em SP

Mãe da criança vivia em favela que passou por reintegração de posse. Suspeita ofereceu ajuda à família antes de sumir com o bebê.
A mãe do bebê de um mês que foi sequestrado na quarta-feira (26) após uma reintegração de posse no Capão Redondo, Zona Sul de São Paulo, diz não ter raiva da mulher suspeita do crime, mas quer sua filha de volta. A criança foi levada depois que a suspeita ofereceu ajuda à família, que está abrigada em uma igreja.
Josieli Espírito Santo conta que a suspeita disse que estava grávida de três meses. “Eu quero que ela venha, devolva a minha filha, que eu não tenho raiva dela. Não quero fazer mal a ela. Se ela não puder entregar, que ela mande por alguém. Mas eu quero que ela entregue a minha filha, pelo amor que ela tem. Se ela tem amor, pelo amor de Deus, ela entregue a minha filha”.
A polícia de São Paulo está à procura da mulher. A foto que o pai de Amanda carrega no celular deve ajudar os policiais na busca pelo bebê. Outras imagens, gravadas pelo circuito interno de segurança de uma farmácia, também devem auxiliar nas investigações.
Elas mostram a suspeita carregando a menina no colo. Ao lado, Josieli acompanha o outro filho, de 4 anos. Elas conversam com uma funcionária e depois saem do local.
A mãe contou à polícia que, em seguida, quando parou para conversar com uma conhecida, a mulher se aproveitou para levar sua filha. “Depois que eu parei de conversar com essa conhecida minha, fui procurar por ela [a suspeita] no bar e não encontrei. Eu só vi meu filho. Eu falei ‘Nossa, ela deixou meu filho’. Saí perguntando para as pessoas, se alguém tinha visto, mas ninguém tinha visto”, explicou.
Apenas durante a noite, quando retornou à igreja onde se abrigava e não encontrou o bebê, Josieli se deu conta que Amanda tinha sido sequestrada e chamou a polícia. Todas as informações que a mulher havia fornecido como endereço do trabalho e de casa eram falsas.
A igreja onde Josieli está abrigada é bem próxima ao terreno no qual ela morava. A mulher suspeita de sequestrar a menina chegou ao abrigo em um momento delicado e ofereceu dinheiro às famílias, o que poderia ser um recomeço para elas. Por isso, ninguém desconfiou.
“Ela estava bem vestida, parecia ser uma ótima mulher, parecia que tinha até dinheiro, né? Porque, pra falar do jeito que ela falava, é impossível chegar uma pessoa dessa lá”, disse Josieli.

Fonte: G1

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