PAQUISTÃO - De vítimas da perseguição a suspeitos. Esse é futuro de um grupo de cristãos de Gojra, Punjab, que foram atacados por um grupo de muçulmanos enfurecidos. Os fundamentalistas incendiaram casas e queimaram vivas oito pessoas, e agora os policiais acusados de falha no atendimento às vítimas denunciaram os cristãos. Os cristãos acusaram a polícia de não interferir para parar os assaltantes. Nos dias que antecederam o ataque, a polícia recebeu informações de possíveis confrontos iniciados por extremistas islâmicos, mas não tomou nenhuma atitude para impedir a tragédia. Como resposta, os policiais de Gojra acusaram 29 cristãos e 100 pessoas não identificadas de “envolvimento” no ataque. Entre os cristãos apontados pela polícia, está o bispo John Samuel e Finyas Paul Randhawa, representante do conselho da cidade. Inconformados, diversos ativistas de direitos humanos disseram que a decisão da polícia foi uma “vingança” contra as vítimas da violência. “Condenamos completamente essa atitude da polícia”, afirma Atif Jamil, diretor de uma ONG local. O ativista acrescenta que essas acusações não têm fundamentos, criadas com o único propósito de “encobrir a responsabilidade da polícia e não condenar os culpados”. Ele deixa claro que nenhum líder religioso cristão estava envolvido na violência. Atif Jamil também denuncia o comportamento “ambíguo” do governo, em que, por um lado, “inicia o processo de reconstrução em Gojra” e por outro “ameaça” a comunidade cristã local, que ainda carrega as marcas da violência que sofreram.
Tradução: Portas Abertas
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